O setembro amarelo é uma campanha criada com o intuito de informar as pessoas sobre o suicídio, normalmente motivado pela depressão. Mesmo com tantos casos notórios, crescentes a cada ano, ainda existe uma expressiva barreira para falar sobre o problema.
Mais de 800 mil pessoas tiram a própria vida todos os anos, sendo 75% destes indivíduos moradores de países de baixa e média renda. Estima-se que no mundo acontece um suicídio a cada 40 segundos, segundo a OMS (organização Mundial de Saúde), só no Brasil, a taxa de suicídios na população de 15 a 29 anos chegou a 5,6 por 100 mil habitantes em 2014. A organização ainda afirma que muitas pessoas ainda consideram essa hipótese e outras ainda podem ter obtido tentativas frustradas que não constam nas estatísticas. Por isso, contribuir com ações para auxiliar a prevenção do suicídio é muito importante.
Atualmente, a conscientização sobre a prevenção do suicídio é muito forte no chamado Setembro Amarelo, mês em que o assunto é tratado com mais ênfase.
Como o Setembro Amarelo começou?
A campanha teve início no Brasil, em 2015 pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). As primeiras atividades realizadas pelo Setembro Amarelo aconteceram na capital do país, Brasília. Entretanto, já no ano seguinte várias regiões de todo o país aderiram ao movimento e também participaram.
A Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio (IASP) estimula a divulgação da causa em todo o mundo, no dia 10 de setembro, data na qual é comemorado o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.
Esta data foi criada em 2003 pela Associação Internacional para Prevenção do suicídio e pela Organização Mundial de Saúde, com o objetivo de prevenir o suicídio, por meio da adoção de estratégias pelos governos dos países. Neste dia, realizam-se cerca de 600 atividades em 70 países do mundo para salvar vidas.
Objetivo do setembro Amarelo
O principal objetivo da campanha Setembro Amarelo é a conscientização sobre a prevenção do suicídio, buscando alertar a população a respeito da realidade no Brasil e no mundo. Para o Setembro Amarelo, a melhor forma de se evitar um suicídio é através de diálogos e discussões que abordem o problema.
Normalmente, o suicídio não é uma decisão repentina e o indivíduo manifesta sinais que podem ser interpretados a tempo pelos familiares ou amigos. Alguns desses sinais, são:
É importante destacar que o suicídio não é a vontade de terminar com a vida, e sim a vontade de terminar com o sofrimento. Se a pessoa recebe ajuda e consegue perceber outra saída para sua dor, a tragédia pode ser evitada.
Portanto, é uma campanha que ao preparar o público para perceber estes sinais, pode salvar muitas vidas.
Como identificar alguém que precisa de ajuda e corre risco de suicídio?
Quais os sintomas de depressão que levam ao suicídio?
Se você está deprimido ou angustiado, sem vontade de viver, é fundamental buscar ajuda o mais rápido possível. Existem alternativas ao suicídio e buscar auxílio adequado é o primeiro passo. Os acompanhamentos médicos e psicológicos são as maneiras mais eficazes de tratamento.
As pessoas que pensam em suicídio normalmente estão tentando fugir de uma situação da que vida que lhes parece insuportável, buscando o alívio por:
O que leva a comportamentos suicidas?
Desconfia que alguém está com depressão? Saiba como ajudar.
Se existe qualquer tipo de desconfiança de que alguém irá atentar contra sua própria vida, converse diretamente com ela. Desta forma, você praticará a empatia e compreensão, além de ouvi-la com total atenção, você acolherá todo e qualquer tipo de sentimento que ela venha a expressar.
Abaixo, listamos algumas dicas para que você proporcione uma escuta ativa e dê o suporte necessário para a pessoa com pensamentos suicidas:
O que não fazer
Jamais ignore a situação de uma pessoa com comportamentos e pensamentos suicidas. Não entre em choque, fique envergonhado ou demonstre pânico. Não tente dizer que tudo vai ficar bem, diminuindo a dor da pessoa, sem agir para que isso aconteça.
A principal medida é não fazer com que o problema pareça uma bobagem ou algo trivial. Não dê falsas garantias nem jure segredo, procure ajuda imediatamente. Principalmente, não deixe a pessoa sozinha em momentos de crise nem a julgue por seus atos.
Recursos e fonte de apoio
Para pessoas com pensamentos suicidas, os primeiros recursos ou fontes de apoio são:
Como anda sua saúde mental?
Aproveitando o gancho: como anda sua saúde mental? A saúde mental está muito ligada às emoções e como lidamos com elas. Nos últimos dois anos vivemos em meio a uma pandemia que nos trouxe incertezas, perdas, isolamento e contribuiu para que o desgaste da saúde mental se tornasse ainda maior. Abaixo listamos algumas dicas para que você aumente os cuidados com sua mente.
Mesmo com hábitos que ajudem na saúde mental, a vida pode nos tirar do eixo, e começarmos a sentir os primeiros sinais de sofrimento mental: ansiedade, tristeza e insônia.
Por isso, é essencial desmistificar o momento de buscar apoio especializado para mudar de hábitos gradativamente e, assim, melhorar a qualidade de vida.
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